Como você pode se tornar um editor de trailers.

Como em qualquer profissão, o primeiro passo é conseguir um estágio, conhecer um profissional mais velho da área ou montar sua própria empresa e trabalhar para conseguir clientes. 

A realidade é que existem poucas empresas especializadas nesse serviço no Brasil. Isso quer dizer que também não existem cursos, palestras ou muitos tutoriais sobre essa prática. A maioria das produtoras montam seus trailers com a mesma equipe de edição dos filmes ou com agências de publicidade e distribuidoras.

Para você que quer trabalhar com cinema mas não acha espaço em setores lotados, essa é uma ótima ideia para entrar na área de uma forma estratégica e, sejamos sinceros, muito divertida.

Porque para muita gente, os trailers são parte da experiência do cinema. Se esse é o seu caso, unindo isso à habilidade e prática com edição de vídeos, montar trailers pode se provar uma oportunidade muito interessante.

O trailer é uma obra curiosa. Antigamente, era muito mais próximo de um comercial tradicional de produto. “Tal e tal estrela em atuações marcantes”, “mais uma experiência marcante do diretor que te trouxe os filmes X e Y”, etc. Depois, o trailer se tornou uma versão condensada da história do filme, tentando resumir a narrativa do filme em dois minutos, sem contar o final.

Hoje, a exigência é de que um trailer consiga ser mais atmosférico, replicando em dois minutos ou menos a experiência, a “vibe” do filme. Continua sendo um comercial de um produto, mas também se aproximou de um videoclipe, uma experiência audiovisual completa condensada em 2 minutos.

E isso é muito curioso. Porque, a princípio, o videoclipe é algo que não precisaria ser visto mais de uma vez. Uma vez que você conhece o artista, você pode só escutar a música. Mas esse formato acabou se provando tão valioso para a indústria da música, através de canais como a MTV e depois o YouTube, justamente porque as pessoas queriam viver aquela experiência da música e vídeo juntos. E o mesmo fenômeno pode ser observado com trailers, que são vistos várias vezes no YouTube ou no Vimeo.

Com o condensamento de produtos audiovisuais sendo explorado em massa na internet, em plataformas como o TikTok e o Instagram, esse desejo do público de querer ter a mesma experiência audiovisual curta repetidas vezes já é uma realidade. 

O trailer, mesmo que não tenha perdido sua função de propaganda do filme, fornece essa mesma possibilidade: ser uma experiência legal para ver e rever, consumida como entretenimento por si. Se formos falar de tendências, o futuro parece guardar trailers cada vez mais curtos, os “teasers” para o digital, enquanto o trailer de 2 minutos ficará na sala de cinema. Temos ainda, na internet, possibilidades múltiplas de divulgações híbridas de filmes, mas essa é uma conversa mais longa, para outro dia…

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